"Nunca percebi quando se deixa de ser pequeno para se
passar a ser crescido. Provavelmente quando a parente loira passa a ser
referida, em português, como " a desavergonhada da Luísa".
Provavelmente quando substituímos os guarda-chuvas de chocolate por bifes
tártaros. Provavelmente quando começamos a gostar de tomar duche. Provavelmente
quando nos tornamos tristes. Mas não tenho a certeza: não sei se sou crescido."
António
Lobo Antunes
A eterna criança que vive dentro de mim
Sem comentários:
Enviar um comentário